quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Gypsophila (Gypsophilla paniculata, Gypsophilla elegans)

Gypsophila
(Gypsophilla paniculata, Gypsophilla elegans)

Conhecida popularmente como "mosquitinho" ou "branquinha", esta delicada flor‚ muito utilizada como complemento para arranjos ou buquês compostos por flores maiores e mais coloridas. De fato, a gypsophila cria um bonito efeito de leveza quando misturada a rosas, cravos, flores do campo e folhagens coloridas. Entretanto, pode também surpreender, quando colocada sozinha, em grande quantidade num vaso de vidro ou numa jarra larga, compondo um arranjo vistoso e leve, especial para ambientes modernos.

Trata-se de uma planta altamente ramificada, que atinge, aproximadamente, um metro de altura. As folhas são finas e pontiagudas, de coloração verde-acinzentada e superfície pilosa. A inflorescência, em panícula, sustenta um grande número de pequenas flores. É originária das regiões mediterrâneas e do leste da Europa e Sibéria. As variedades de coloração branca são as mais cultivadas no Brasil, principalmente porque são fáceis de serem tingidas em colorações diversas. A sua durabilidade pós-colheita varia entre 1 a 2 semanas.

A gypsophila reproduz-se por meio de sementes, sendo ideal semeá-la nos canteiros durante o outono, para crescerem naturalmente e produzirem flores mais cedo. O solo deve ser bem drenado e a luz solar é fundamental para o seu perfeito desenvolvimento e florescimento. Por ser uma planta muito delicada, recomenda-se utilizar varetas esgalhadas para apoiar as plantas expostas ao vento.

Dicas para sua utilização:

Corte as hastes das gypsophilas sobre uma tábua, retire o excesso de folhas e mergulhe as hastes em água morna antes de confeccionar o arranjo. Para conservá-las por mais tempo, troque a água regularmente, evitando o odor desagradável e o apodrecimento das hastes.

domingo, 30 de novembro de 2008

Fotínia (Photinia fraseri)

Fotínia
(Photinia fraseri)

De longe, ela parece uma planta coberta de flores vermelhas, mas de perto é que vemos como a natureza é capaz de dar seus espetáculos: na verdade, o show fica por conta da folhas novas que nascem nas pontas dos galhos da planta e surgem vermelhas. Depois, com o tempo e o amadurecimento, elas vão se tornando verdes e dão lugar para novas e surpreendentes brotações.

É esse detalhe ímpar que faz da fotínia (Photinia fraseri) uma planta de grande valor ornamental como cerca-viva, ou mesmo isolada, cultivada como arbusto ou arvoreta. E para completar, quando cultivada como arbusto ou arvoreta, no início da primavera ela produz delicadas e pequeninas flores brancas no período que vai do início da primavera até meados de janeiro. O período de floração na cerca-viva é menor.

Popularmente, ela também é conhecida como fotínia-vermelha. Pertencente à família das Rosáceas, a mesma da rosa, trata-se de uma planta híbrida asiática, resultante do cruzamento realizado entre a Photinia serrulata (originária da China) e a Photina glabra (originária do Japão).

O efeito bicolor das folhas e a sua versatilidade fazem da fotínia uma ótima escolha para quem deseja inovar no paisagismo.

Ficha da Planta:

Porte: de 3 a 5 metros de altura, dependendo da forma como é cultivada.
Propagação: por meio de estacas ou por alporquia.
Solo: deve ter boa drenagem e, de preferência, ser levemente alcalino.
Luminosidade: sol pleno e meia-sombra com algumas horas de sol direto ao dia.

Clima ideal: temperado a subtropical, ideal para regiões de clima ameno.
Regas: devem ser bem espaçadas, a média é de 1 vez por semana, quando não há chuvas.
Adubação de manutenção: adubo orgânico, a cada 6 meses.

Dicas de cultivo


Detalhe das flores da fotínia

*O plantio deve ser feito em covas com cerca de 40 cm de profundidade. Logo após o plantio a planta deve ser regada todos os dias, para manter o solo úmido (sem encharcar). Após um mês, faça uma aplicação de fertilizante NPK (10-10-10) sobre o solo, a uma distância de 10 cm do caule, para não queimá-lo.

* Para o plantio como cerca-viva, recomenda-se o espaçamento de 1 metro entre as mudas. Como planta arbustiva, o ideal é mantê-la com no máximo 3 metros de altura e como arvoreta, ela pode chegar até 5 metros de altura.

* As podas estimulam a brotação, por essa razão, a planta tende a apresentar o efeito da folhagem vermelha mais intenso quando é cultivada como cerca-viva, pois as podas são mais freqüentes para a correção do formato. No caso da condução da planta como arbusto ou arvoreta, a poda deve ser anual, sempre no outono ou no inverno.

Rainha-da-noite (Hylocereus undatus)

Rainha-da-noite
(Hylocereus undatus)


Foto- Colaboração: Del

Rainha-da-noite ou flor-da-noite: o nome popular desta cactácea foi inspirado no comportamento das grandes flores brancas (alguns exemplares podem medir até 30 cm de diâmetro) que a planta produz - a flor do Hylocereus undatus tem hábitos noturnos, desabrocham ao anoitecer e ficam abertas até o nascer do sol.

Esta espécie apresenta caules divididos em artículos e produz grande quantidade de ramos. Com a ajuda de suas raízes aéreas, este cacto é capaz de subir como uma trepadeira ou se fixar ao solo. Cultivada em condições adequadas, a planta começa a florescer a partir do 3°ano.

Ficha da Planta

Nomes populares: Rainha-da-noite, flor-da-noite
Nome científico: Hylocereus undatus
Origem: Provavelmente Índia
Luminosidade: A planta necessita de luz solar plena.
Temperatura: A rainha-da-noite não suporta locais muito frios, embora suporte até 13°C, a faixa de temperatura ideal para o seu cultivo fica entre 18 a 32°C.
Solo: A mistura de solo ideal é a de 1 parte de terra comum, 1 parte de composto orgânico e 2 partes de areia.
Regas: Deve-se evitar o excesso de água. Recomenda-se aguardar que o solo seque na superfície, antes de fazer outra rega. Floração: do final da primavera ao início do outono.
Propagação: Estacas de caule.
Dicas de cultivo: Recomenda-se replantar a rainha-da-noite a cada 2 ou 3 anos, dependendo do tamanho da planta.

Lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora)

Lírio-do-amazonas
(Eucharis grandiflora)

Com suas flores brancas suavemente perfumadas e em formato de estrela, esta planta impressiona também pela beleza das folhas brilhantes e lustrosas. O contraste entre o intenso verde das folhas e a brancura das flores torna o conjunto realmente atraente.

Planta bulbosa da família das Amarilidáceas, o lírio-do-amazonas (Eucharis grandiflora) é originário da América do Sul - é encontrado no Brasil, na Colômbia e no Peru. Seu cultivo na Europa iniciou-se há tempos, por volta de 1850. Mas por lá, embora seja muito utilizada como planta ornamental, o cultivo só dá bons resultados mesmo em estufas.

Como ela é...
O lírio-do-amazonas é uma planta com boas dimensões. Conhecida também como estrela-dalva, estrela-de-belém e estrela-da-anunciação, a Eucharis grandiflora apresenta bulbos arredondados, que podem medir até 6 cm de diâmetro. As folhas são grandes (podem chegar a 40 cm de comprimento) e as flores - brancas e perfumadas - surgem em racemos de 3 a 6 unidades. Cada flor mede em torno de 10 cm de diâmetro com as 6 pétalas distribuídas em formato de estrela. Pendentes, as flores surgem numa haste floral que alcança até 70 cm de altura.

Onde ela vai bem...
A planta vai bem em locais bem iluminados e com boa ventilação. Ela precisa de muita claridade, mas não gosta de luz solar direta, especialmente nos dias quentes de verão. Plantada em vasos, ela pode ser levada para ambientes internos bem iluminados. No jardim, os melhores locais são os canteiros sombreados, onde pode fazer belas combinações com folhagens baixas e forrações. Sob a copa das árvores, o lírio-do-amazonas pode formar belas bordaduras.

O solo ideal é...
O solo argilo-arenoso e rico em matéria orgânica é o mais indicado. Uma boa mistura: 2 partes de terra argilosa, 1 parte de composto orgânico e 1 parte de areia. Para estimular crescimento e floração, pode-se acrescentar farinha de ossos à mistura.

E o plantio...
No plantio, coloque os bulbos num espaçamento de 40 a 50 cm entre eles. Não se deve cobri-los demais com terra. Uma leve e fina camada de terra é o suficiente. Depois, pressione o substrato delicadamente ao redor dos bulbos, para firmá-lo bem. Se o plantio for feito em vasos (com pelo menos 20 cm de diâmetro), dá para plantar de 3 a 4 bulbos.

Como cuidar...
Evitar regas em demasia, pois podem provocar o apodrecimento dos bulbos. Quando surgir a haste floral, recomenda-se aplicar um fertilizante líquido até as flores iniciarem a abertura, lembrando de seguir as orientações do fabricante quanto à quantidade e diluição.

Como se reproduz...
O lírio-do-amazonas se propaga pela divisão dos bulbos mais velhos. O processo geralmente é feito no período que vai do final do inverno ao início da primavera. Primeiro retira-se as plantas dos canteiros ou dos vasos. Com muito cuidado, deve-se lavar os bulbos para remover a terra. Só então, faz-se a separação dos bulbos, evitando quebrá-los, pois eles podem demorar muito tempo para se recuperarem e iniciar a brotação.

Brinco-de-princesa

Brinco-de-princesa (Fuchsia hybrida)

Família: Onagráceas

Origem: América do Norte e do Sul

Porte: Até 1,5 metro de altura

Propagação: Por estaquia de ramos

Floração: Primavera

Luminosidade: Sol pleno e meia-sombra (desde que haja bastante luminosidade)

Clima ideal: Ameno

Uso paisagístico: Pode ser usada como planta pendente ou enrolando-se em cercas e grades

Mistura de solo indicada: 1 parte de terra comum; 1 parte de terra vegetal; 2 partes de composto orgânico

Regas: Gosta de solo úmido, mas não encharcado. Em média, irrigar 2 vezes por semana

Dicas: No período que vai do outono ao inverno, a dica é fazer uma poda leve, eliminando o excesso de ramos, para uma estimular uma floração mais intensa na primavera.

Características: Arbusto escandente semi-herbáceo que apresenta vários híbridos originados da Fuchsia regia, espécie de formas simples e nativa em regiões de altitude do Brasil.

Dália

Dália (Dahlia sp.)

Ela é originária do México, onde é muito popular. Os índios daquela região foram os primeiros a cultivar dálias, ainda no período do Império Asteca. Por volta do final do século XVIII, o diretor do Jardim Botânico de Madri encantou-se com a flor, durante uma visita ao México. Foi o suficiente para que a dália atravessasse o oceano e chegasse à Europa, onde se adaptou muito bem ao clima temperado.

Foi o botânico sueco A. Dahl, responsável pela expansão das dálias pela região nórdica da Europa, que inspirou o nome da flor. Os holandeses e os franceses foram os maiores incentivadores do cultivo e da produção de inúmeras espécies híbridas de dálias. Tanto que foi a imigração holandesa que contribuiu muito para a propagação desta flor aqui no Brasil.

Hoje, graças ao surgimento de vários híbridos, podemos encontrar diversos tipos de dálias, o que resulta numa grande variedade de formas (pompom, bola, decorativa, etc.) e cores (branca, alaranjada, vermelha, amarela, pink). São mais de três mil variedades resultantes de cruzamentos com outras espécies, como os crisântemos, por exemplo.

A dália (Dahlia sp) pertence à família das Compostas. É uma herbácea de porte médio, perene, originária da América do Norte (México). Quando adulta, a planta chega a atingir até 1,50 m.

Reprodução: por meio de sementes, estaquia das pontas dos ramos ou divisão das raízes tuberosas; sendo que esta última permite a propagação de um exemplar com características idênticas às da planta-mãe.
Substrato ideal para o plantio: 2 partes de terra comum, 2 partes de terra vegetal e 1 parte de areia
Clima ideal: ameno
Luminosidade: Em locais de clima frio, precisa de no mínimo 4 horas de sol pleno; já em clima quente, recomenda-se o cultivo à meia-sombra
Regas: manter o solo sempre úmido, sem encharcar Floração: produz flores isoladas na primavera e no verão, em várias cores
Cuidados: necessita de proteção contra ventos e adubação orgânica a cada 3 meses.

Camélia

Camélia

A camélia é uma planta bonita por várias razões: é um arbusto formado por uma folhagem brilhante que se mantém firme o ano todo e, nos meses que correspondem ao outono e inverno, cobre-se de uma floração espetacular. As flores, exuberantes, até serviram de inspiração para a criação de “A Dama das Camélias”, livro de Alexandre Dumas Filho que foi reproduzido no cinema. Dependendo da variedade, as flores da camélia podem ser brancas, rosadas ou vermelhas e servem tanto para enfeitar o jardim como decorar ambientes internos.
Dentro de casa, as flores colhidas podem durar vários dias, desde que não se toque nas pétalas. Quando tocadas, as pétalas da camélia cobrem-se de manchas amarronzadas que comprometem o visual.
As folhas, resistentes e brilhantes, são também muito decorativas e excelente acompanhamento até para outras flores, funcionando como uma bonita folhagem em arranjos florais. Para que durem bastante, uma boa dica é deixar os galhos com as folhas imersos profundamente em água, durante poucos minutos. Mas atenção: faça isso apenas com as folhas e nunca com as flores.
A arte de criar arranjos florais associados à filosofia e tradição japonesa - conhecida como Ikebana - faz muito uso das folhas e flores da camélia.

FOTO CAMELIA

Nome científico: Camellia japonica

Família: Teáceas

Origem: Asiática, principalmente das regiões do Japão e Coréia

Características: Arbusto que conserva sua folhagem sempre-verde durante o ano todo. Produz flores isoladas, de incrível beleza nas cores branca, rosa e vermelha.

Época de floração: outono e inverno

Reprodução: A camélia reproduz-se por sementes, estacas retiradas das pontas dos ramos de plantas adultas e sadias e, também, por alporquia (este método é o mais complicado e exige muito conhecimento). Em viveiros, é possível adquirir mudas de camélia já crescidas, o que facilita bastante o cultivo.

Solo: Rico em matéria orgânica. Para o plantio em vasos, recomenda-se a seguinte mistura: 2 partes de terra comum, 1 parte de terra vegetal e 1 parte de composto orgânico (pode-se também usar húmus de minhoca).

Cultivo: O clima ideal para o cultivo é o ameno, pois a planta não adapta-se bem a temperaturas elevadas. Por outro lado, a camélia é bem resistente ao frio, inclusive às geadas. Pode ser cultivada à meia-sombra, desde que receba luz solar direta algumas horas por dia. As regas devem ser freqüentes nos primeiros meses após o plantio da muda e, depois, podem ser espaçadas, evitando o encharcamento do solo.

Adubação: Para estimular a floração, pode-se incorporar à terra uma mistura de 100g de farinha de osso com 50g de torta de mamona (à venda em lojas de produtos para jardinagem e gardens centers).

Podas: Para manter um visual equilibrado, principalmente na camélia cultivada em um jardim, recomenda-se uma poda de formação, após o término da floração.

Pragas e doenças: As camélias em geral; são bem rústicas e resistentes, mas em condições adversas podem ser atacadas por pulgões, cochonilhas e até por formigas que costumam atacar as folhas novas. Quanto às doenças, quando há excesso de água das regas, podem surgir doenças causadas por fungos, que aparecem na forma de manchas semelhantes à ferrugem nas folhas.

Dicas: Para afastar pulgões, ferver algumas folhas de arruda, coar e diluir em um pouco de água. Borrifar nas folhas e brotos atacados. O chá feito com folhas de losna combate pulgões e também cochonilhas.